POV MARIANA
–Como assim impriting? Jake, ela não era uma loba?
–Sim, mas deixou de se transformar a mais de um ano, o organismo dela voltou ao normal, provavelmente já deve estar tendo ciclos, o que vai possibilitá-la de ter filhos, então...
–Nossa, quando eu penso que já vi tudo...
Nós vimos Embry e Leah em sua bolha particular, eles conversavam, riam e estavam tão animados que nem parece que Embry chegou a pouco de uma viagem que quase lhe tirou a vida, ele estava bem, não só fisicamente, mas tinha um brilho no olhar, o mesmo que via em Jake, quando me olhava. Eu sabia da história de Leah com Sam, Jake me contou como ela sofreu, por isso se afastou de todos, mas agora parece que ela vai ser recompensada e finalmente vai ser feliz.
Era bom estar em casa novamente, ver todas as pessoas que conheci e aprendi a amar em La Push, minha nova casa, minha nova família, era inevitável não vê-los assim, cada um ao seu jeito me conquistou tão gentis e prestativos, todos eles me ajudaram, literalmente salvaram minha vida, e graças a eles eu vou poder viver esse amor exageradamente grande que tenho dentro de meu peito, finalmente agora eu e Jake poderemos ter um pouco de paz.
A cada pessoa que víamos era uma felicidade, algumas faziam cara de preocupadas pelos meus machucados, que afinal não estavam assim tão curados, outras se sentiam aliviadas pelo simples fato de eu estar viva e todos terem voltado bem. Fiz o maior esforço pra me manter em pé, a recepção foi ótima, mas o cansaço da viagem era grande e eu não via a hora de estar em minha casa, na minha cama com meu lobo.
O que me deixou ainda mais feliz foi ver Luke, o menino se jogou em meu colo e chorou de felicidade, ele simplesmente disse que me amava e que não poderia viver sem mim, Jake fez uma encenação de ciúmes, mas não deu grande importância, porem eu me sentia exatamente do mesmo jeito, Luke com certeza seria sempre um filho para mim, isso eu jamais negaria, e mesmo sem falar a Emilly ou ao Jake, eu me sentia um pouco mãe dele.
Depois de algumas horas, finalmente conseguimos nos despedir e voltar para casa, fomos em meu carro, que por incrível que parece ainda estava inteiro, Quil estava com ele e nos entregou a chave. Fiquei imensamente feliz, pois era uma herança de família e mantê-lo-ia comigo enquanto fosse possível.
Minha casa estava totalmente arrumada e limpa, com certeza Sue esteve por aqui esses dias, pois eu não me lembro de tê-la arrumado tanto. Fui direto para meu quarto pegar uma roupa limpa, eu precisava de um banho decente. Jake ficou no quarto e depois veio para o banheiro me acompanhar. Ele me ajudou com o gesso do braço, que segundo Carslaile, permaneceria ali por no mínimo quarenta dias, depois eu tinha que ir ao médico para ver se já podia tirar. Tomamos um banho tranqüilo e relaxado, me enrolei na tolha e fui para o quarto, sendo seguida por ele, peguei uma camisola simples, branca e uma calcinha, vesti e fui para cama. Jake colocou sua Box também branca que eu adoro nele e veio deitar ao meu lado. Deitei em seu peito quente e aconchegante, ele falou:
–Cansada?
–Sim, muito.
–Então durma meu amor, eu velo por seu sono. Ele ficou fazendo carinho em minhas costas e cabelo e logo a inconsciência me tomou.
ooOOoo
Acordei com um grande presente, fazia sol em La Push, eram nove horas da manhã e Jake não estava na cama, mas antes de eu pensar em procurá-lo ele entra com uma bandeja nas mãos, com um café da manhã maravilhoso e eu fiz questão de sorrir e devorar tudo, e depois é claro, devorá-lo (se é que vocês me entendem).
Resolvemos passar o resto do dia na praia e vimos Leah e Embry passeando de mãos dadas, eles se acertaram logo de cara, Leah sabia de tudo e simplesmente aceitou o amor que aquele lobo queria lhe dar, e digo por experiência própria que ela não iria se arrepender.
Os dias foram passando e nossa vida voltou ao normal, eu voltei ao trabalho assim como Jacob, minha mãe ligou algumas vezes e disse que viria passar o natal conosco, ela e meu padrasto haviam terminado o casamento e ela disse que se gostasse de Forks mudaria pra cá. Eu fiquei feliz pela possibilidade de tê-la comigo e principalmente pelo fato de que agora parecia que as coisas finalmente começariam a entrar nos eixos.
Quando vim para La Push eu não imaginei que iria descobrir e conhecer tanta coisa que nem fazia idéia, mas principalmente não imaginava que passaria por uma grande “aventura” para finalmente ser feliz.
Infelizmente nem todos sobreviveram, Matt meu amigo lobo foi uma das vitimas, mas sua namorada agora morava com seus pais que babavam pelo neto que estava prestes a nascer, Débora também foi outra vitima, apesar de tudo fiquei triste em saber como algumas pessoas acham que podem fazer qualquer coisa com a vida de outras, desde que lhes favoreça. Ela foi dada como desaparecida, já que Jake não quis trazer seu corpo, que ficou enterrado na floresta tropical.
ooOOoo
O verão foi embora trazendo consigo um outono frio, mas não tão chuvoso, as coisas por aqui estavam movimentadas, mas desta vez era uma movimentação boa, Raquel deu a luz a duas meninas, Lívia e Mirela, Jake ficou indiguinado quando viu que as gêmeas eram idênticas e muito parecidas com o pai, ele disse que não se conforma. Kim deu a luz a um menino, Fred. Pra variar ele era a cara do pai também. A grande surpresa foi Safira, tão jovem, e a tão pouco tempo conosco se descobriu grávida, também de gêmeos, mas eram dois meninos dessa vez.
Leah voltou para Seattle e Jake abriu uma filial por lá, deixando Embry de encarregado, o que foi muito útil a ele. Obviamente quando Leah voltou para a faculdade ele foi atrás então unimos o útil ao agradável.
Jake e eu estávamos muito felizes, juntamos uma grana e compramos uma casa só pra nós, ela ficava perto de Billy e de todos que considerávamos como nossa família, nossa casa era espaçosa e em tons claros, dicas de Esme. Sim, depois de tudo, Alice me ligava às vezes, ela era incrível, se propôs a investir nosso dinheiro e confiamos nela, fizemos muito bem. Pois ela conseguiu triplicar qualquer quantia em pouco tempo. Apesar de os Cullens não virem a Forks, pelo menos por uns cinqüenta anos nós trocávamos email e a distancia elas me ajudaram com a casa.
Nós não falávamos com Bella, nem nela, pois meu interesse era outro, ela seguiu sua vida, deixou Jake de lado, e entendeu que as coisas tinham que ser assim, pelo que soube ela e Edward passaria o natal em Nova York, já que ela estava sendo considerada bem controlada e poderia ficar perto de humanos. E a vida continua....
ooOOoo
–Meu Deus Jake, nem acredito que já estamos no natal!
Eu dizia a ele enquanto andávamos de um lado para o outro em uma loja de antiguidades em Seattle, eu procurava um presente para Billy, queria que fosse algo que lhe lembrasse dos costumes, nada muito moderno ou exótico.
–Tem certeza que só falta esse meu amor? Não quero ter que voltar as compras novamente.
Jake disse emburrado, ele simplesmente abomia fazer comprar e eu estava obrigando ele a vir comigo, todos os finais de semana a mais ou menos um mês, afinal eram muitos presentes, a ceia seria em minha casa e eu não podia deixar de agradar ninguém, respondi dengosa:
–Puxa, achei que gostasse de fazer compras comigo.
–Eu amo fazer qualquer coisa com você, mas compras realmente é um saco!
–Achei! – Eu gritei em plenos pulmões quando encontrei um pergaminho muito antigo, com uma lenda escrita em quileute, definitivamente Billy iria amar, ele ficaria muito feliz, e aquilo definitivamente deveria estar na aldeia, não em uma loja, numa prateleira empoeirada.
Jake aprovou o meu presente e depois de devidamente pago e embrulhado voltamos para o carro, fomos para a oficina onde para minha felicidade Leah se encontrava falando ao telefone. Nesses meses que se passaram nos tornamos grande amigas, vínhamos aqui sempre que podíamos ou eles iam para lá, ela e Embry tinham casado a alguns dias, numa cerimônia simples, na capela de La Push e ficaram cinco dias na Flórida, uma presente de casamento dado por nós, e eles ficaram muito felizes. Minha amiga estava radiante, com certeza era uma noticia boa. Jake sorriu e perguntei:
–O que houve Jake?
–Você já vai saber meu amor!
Leah nos viu e desligou o telefone e veio correndo em nossa direção, seu sorriso ia de orelha a orelha, ela pulou no colo de Jake e gritou em plenos pulmões:
–Jake eu consegui, eu consegui!
–Parabéns Leah, vocês merecem! –Jake disse abraçando e sorrindo junto.
Fiquei olhando os dois com uma expressão curiosa, não fazia idéia do que estava acontecendo, Leah viu minha confusão, veio até mim e disse:
–Mary, eu vou ser mãe!
Foi inevitável, eu chorei de alegria, abracei minha amiga que finalmente realizara seu grande sonho, ela estava exalando felicidade, assim como Embry que apareceu minutos depois com um sorriso bobo nos lábios. Disse:
–Então Jake, vai me ajudar com aquele assunto?
Leah e eu olhamos os dois sem entender nada, porém Embry lançou um olhar para ela que falou:
–Mary, vem, deixa eu te contar como foram as coisas, te mostrar as fotos, nem conversamos depois da minha viagem.
Ela me puxou, dei um selinho rápido em Jake que saiu com Embry. Meu instinto me dizia que eles tramavam alguma coisa, mas achei melhor deixar quieto, mais cedo ou mais tarde eu saberia o que era.
Depois de algum tempo eles voltaram, Jake sorrindo feito bobo e Embry com uma expressão mais contida, lancei um olhar para ele, mas não adiantou de nada, pois além de não me contar o que era, ainda mudou de assunto:
–Vamos amor, temos que pegar sua mãe, ela deve estar chegando à uma hora.
Nos despedimos de Leah e fomos para o carro, estávamos a uns vinte minutos do aeroporto, aproveitei para matar a minha curiosidade:
–Desembucha logo, o que você e o Embry estão tramando?
Ele continuou olhando para frente, não me olhou meus olhos, o que pelo que conheço dele, significava que ele mentiria, falou:
–Embry foi escolher uma jóia para dar a Leah e pediu minha ajuda.
Resolvi fingir que acreditava e não toquei mais no assunto, ele ficou imensamente aliviado e logo estávamos no estacionamento do aeroporto. Fomos em direção ao desembarque e em poucos minutos vi minha mãe vindo em minha direção, corri a abracei, não tinha me dado conta de quanto sentia sua falta, ela chorou ao me ver, faziam mais de seis meses que não nos víamos, ela parecia melhor, sua aparência melhorou muito desde que eu a deixei em, Boston, falei:
–Seja bem vinda!
–Oh minha filha, me deixa ver você! Linda, cada vez mais linda! Mary eu senti tanto sua falta!
–Eu também mãe, mas vem aqui, deixa eu te apresentar o homem de minha vida! Mãe esse é Jacob Black, Jake, essa é minha mãe.
Ela o olhou de cima abaixo, fez uma expressão de quem estava surpresa e disse:
–Uau, Mary, você não exagerou ele é enorme, e lindo!
Jake sorriu e a abraçou, ela falou algumas coisas pra ele que não entendi direito e fomos para o carro. Conversamos por todo o percurso então chegamos a La Push, minha mãe falou:
–Então vocês moram juntos?
–Sim mãe, eu já te falei isso.
–Não acha que deveriam oficializar essa situação?
–Mãe! Quando for a hora certa nos faremos isso, agora venha, conheça nossa casa e não se meta onde não é chamada.
Entramos e levei-a até seu quarto, ela adorou tudo, elogiou e ficou deslumbrada, minha mãe não tocou mais no assunto, mas fiquei com medo de Jake ficasse chateado, então quando estávamos finalmente sozinhos em nossa cama, falei:
–Jake, desculpe por minha mãe, ela fala de mais.
–Não se preocupe amor, ela está certa, na verdade eu já ando pensando nisso.
–Do que você está falando? Não quero que se sinta obrigado a fazer nada.
–Eu sei amor, não se preocupe, vai dar tudo certo.
–Jake, fala logo!
–Não, agora vem aqui, já to com saudades!
Pra variar nos amamos algumas vezes naquela noite, fui dormir cansada e quando me dei conta o despertador me acordou, fui direto para o banho com um lobo me acompanhando e finalmente despertei para o novo dia que começava, era vinte e quatro de dezembro, as mulheres viriam cedo para me ajudar com a ceia.
Desci e encontrei uma linda mesa de café da manhã posta, minha mãe caprichou e nós comemos tudo, na verdade Jake comeu quase tudo. Ele saiu para resolver algumas coisas na reserva, um dos lobos jovens tinha se metido em encrenca e Jake o estava castigando, ele teriam que fazer trabalho voluntário para a creche da reserva e Jake fiscalizava de perto.
Todas foram chegando e minha mãe ficou radiante, ela se sentiu tão a vontade que parecia que tinha nascido ali, Raquel, Emilly, Kim, Safira já com a barriga aparecendo, Sue, Renata, Leah e eu. Todas nos juntamos cada uma fez a sua especialidade e logo tínhamos uma mesa cheia de guloseimas e delicias para mais tarde. Sam fez um churrasco para o almoço, foi muito divertido, vi minha mãe feliz da vida conversando com Billy, na verdade ela parecia radiante, Jake também notou e disse:
–Hum, acho que meu pai conquistou sua mãe!
Rimos dessa observação e fomos para a garagem onde seria a festa mais tarde, nós a construímos nos fundos de nossa casa pra poder abrigar nossos amigos em nossas festas, pois em La Push sempre ou chovia ou estava frio e como nem todos nos somos lobos, eu achei melhor ter um lugar abrigado para quando quisessem fazer uma comemoração.
As horas passaram e quando me dei contas já tinha que trocar de roupa, viu tudo e fiquei orgulhosa, seria meu primeiro natal aqui, Jake era o Alpha da alcatéia, ele teria orgulho de mim. A decoração ficou linda, uma grande mesa posta ao fundo com todas as delicias que preparamos, do outro lado uma grande árvore de natal com os presentes em baixo, uma mesa no canto com a aparelhagem de som. Os meninos gravaram várias musicas para a noite e deixariam tocando, assim ninguém precisaria ficar ocupado com isso, todos ficariam livres para a ceia. Colocamos algumas mesas para as pessoas jantarem a vontade, mais tarde elas seriam tiradas para dar lugar a pista de dança. Notei passos atrás de mim e uma voz que disse:
–Está tudo maravilhoso minha filha, estou muito orgulhosa de você, já é uma mulher.
–Obrigada mãe, acho que ficou bom né?
–Mais do que bom, perfeito! Não se preocupe, Jake vai gostar, ele praticamente nem veio aqui hoje.
–Ele é muito ocupado mãe, ele faz um trabalho voluntário com alguns garotos, mas logo ele chega.
Minha mãe veio até mim, segurou minhas mãos e disse:
–Filha, me perdoa?
–Pelo que mãe?
–Por tudo, que fiz e não fiz.
–Ah mãe, você não tem que se desculpar por nada.
–Tenho sim, me ouça ok?
–Ok!
–Eu sei que as coisas ficaram complicadas depois que seu pai morreu, e eu não ajudei nada. Mas acredite, não foi fácil pra mim também, quando seu pai morreu conheci o traste do seu padrasto e me apeguei a ele, fui burra, idiota e egoísta, eu deveria ter te dado mais atenção, não deveria ter vendido o patrimônio que seu pai me deixou, mas filha, eu sei que não justifica, mas eu estava perdida de amores por ele. Acredite amar na minha idade pode ser muito perigoso.
–Tudo bem mãe, eu entendo e pode ter certeza que sua idade não tem nada a ver com isso, pois algumas pessoas jovens fazem até pior.
–Como assim filha?
–É uma longa história que um dia quem sabe eu te conto, agora vamos, temos que nos arrumar.
–Você ainda não falou.
–O que mãe?
–Se me perdoa ou não.
–Claro que sim mãe, agora vamos, daqui a pouco Jake estará em casa e quero estar bonita para ele.
Voltamos para a casa e fui me arrumar, afinal seria o primeiro natal com o amo da minha vida.
POV JACOB
É engraçado como a vida da gente da voltas, a algum tempo atrás eu nem me imaginava com alguém ao meu lado, abominava qualquer tipo de relacionamento sério e agora estou em Seattle com meu amigo Embry escolhendo um anel para pedir Mary em casamento. Eu sei que já moramos juntos há alguns meses, depois que voltei de nossa “viagem” eu definitivamente me mudei para a casa dela, e depois que compramos a nossa, fomos morar juntos. Mary não me cobrava nada, mas não era preciso, eu vi como ela ficou emocionada quando Leah e Embry casaram, ela queria isso, ou melhor, ela merecia isso e eu daria a ela de coração.
–Então Jake, já se decidiu?
–Não Embry, estou entre esses dois, o que você acha?
Ele olhou os dois anéis e disse:
–Leve o mais simples, ele é lindo, Mary é simples, ela vai gostar, nunca a vi ostentar nada, por tanto o outro é muito exagerado.
Embry tinha razão, minha Mary era simples e linda, igual ao anel, que tinha um pequeno diamante em formato de coração, era em ouro branco, do jeito que ela gostava, me decidi e o levei. Guardei a caixinha o bolso de minha jaqueta, eu não deixaria no carro, ela poderia encontrar fácil.
Voltamos a oficina e ela me olhou desconfiada, claro que tive que mentir pra ela quando fomos ao aeroporto e a claro que ela sabia que era mentira, mas graças a Deus ela estava ansiosa por ver a mãe e deixou pra lá.
Minha sogra até que era legal, nem parecia aquela que ligava e dava chiliques, Mary não era tão parecida com ela fisicamente, mas tinham o mesmo sorriso, o mesmo olhar atento e a mesma mania de enrrolar os cabelos com os dedos quando estavam nervosas. Obviamente ela falou muito sobre nós, me bombardeou com perguntas e insinuou que já estava na hora de agente casar, mal sabia ela que eu já tinha pensado nisso.
Naquela noite amei minha Mary tanto quanto foi possível, mas tive que ser mais silencioso que o normal, já que tínhamos visitas em casa e não queria que minha sogra escutasse algo que não devia. Pela manhã tomamos café e fui para meus afazeres, na verdade eu queria passar um tempo longe dela, pois tinha medo que ela desconfiasse de algo e estragasse a surpresa.
Voltei para o almoço e logo sai novamente, organizei tudo, as flores, o perfume que ela adora o cartão apaixonado. Meus amigos me ajudaram muito, Emilly conseguiu tudo em tempo e ainda deixou que eu guardasse as coisas na cada dela. Tudo pronto e organizado fui para nossa casa, assim que entrei pude ouvi-la conversando com sua mãe, elas estavam animadas.
Subi as escadas e fui em direção ao nosso quarto, meu coração aos pulos, estava muito ansioso, abri a porta e me deparei com Mary de olhos fechados, sua mãe a maquiava, elas nem notaram minha presença, fui andando e minha sogra me notou, ela nem disse nada, mas mesmo assim Mary sentiu minha presença, pois seu coração disparou e ela se virou pra mim, sorrindo, linda, como sempre.
–Olá meu amor! Você demorou.
Ela me acusou fazendo bico, que a deixava maravilhosa.
–Desculpe, acabei levando mais tempo do que eu pensava.
–Jake, está ficando tarde, logo as pessoas vão chegar, temos que estar prontos, venha, tome seu banho, já separei sua roupa.
Ela começou a tagarelar, nem reparou que sua mãe saiu do quarto nos dando privacidade, visivelmente nervosa me disse:
–Jake, você está me ouvindo? Jake!
Ela estalou os dedos na minha frente me tirando de meu transe, falei:
–Claro que sim, não se preocupe eu me troco rápido, pode ficar tranqüila já estou descendo.
–Ok, te espero lá em baixo!
Ela saiu e logo fui para o chuveiro, tomei um banho rápido e coloquei a roupa que ela tinha separado para mim, peguei o pequeno pacote e fui em direção a onde ela estava, linda! Não me canso de ver como minha Mary é linda!
Fomos para o lugar onde seria a ceia de Natal, tudo perfeito e organizado, ela foi impecável, cada coisa que ela fazia me deixava mais e mais apaixonado, eu amo essa mulher, nem me vejo sem ela.
As pessoas começaram a chegar, nossa família como ela mesma gostava de dizer, todos vinham e nos abraçavam, traziam presentes, as crianças alegravam o ambiente, os casais apaixonados e o clima de paz reinava por todo lugar, então a meia noite chegou, nos desejamos feliz natal, brindamos e ela me deu um beijo apaixonado. Dei a ela as flores e o perfume, ela amou, então ela me deu um presente também, uma foto nossa, em um porta-retrato todo entalhado em madeira, com lobos correndo em volta, simplesmente lindo. Aproveitando o clima de confraternização pedi a atenção de todos e falei:
–Gente, um minuto por favor! – Todos me olharam então continuei:
“Obrigado a todos por terem vindo a essa confraternização, obrigado pela ajuda de todos em minha vida. Esse ano pela primeira vez em muito tempo eu realmente tenho o que comemorar, estou realmente feliz e o motivo é simples: Mariana. (falei olhando nos olhos dela, que já estavam marejados, continuei) Uma mulher simples, que literalmente esbarrou em mim e mudou totalmente minha vida, fez meu coração bater forte e me fez lembrar que vale a pena amar e ser amado, vale a pena tentar ser feliz.
Mary, você me mostrou que sempre é tempo para recomeçar, sempre devemos dar uma nova chance e aproveitar ela, quando a vida nos dá, eu te amo mais do que tudo na minha vida, mais do que a mim, mesmo.
Meu amor, você quer casar comigo?”
Eu terminei meu discurso ajoelhado aos seus pés, ela chorando e todos emocionados, agora só me resta esperar a resposta dela.
2 Comentários
